Todos os nomes de todos os lobbies
Existem
na arte contemporânea lobbies para todos os gostos:
O
lobby da land art.
O
lobby da food art e talvez da fast food art.
O
lobby da fotografia.
O
lobby da arquitectura.
O
lobby da arte conceptual.
O
lobby do minimalismo, umbilicalmente ligado ao lobby dos designers.
O
lobby da op art e da pop art.
O
lobby da performance e o lobby da instalação.
O
lobby da street art, que agora está na moda e que domina muito mais do que
apenas a street.
O
lobby da crítica especializada.
O
lobby da arte ao fim de semana.
O
lobby da arte feita por animais (elefantes, chimpanzés, escaravelhos e
quejandos).
O
lobby da arte feita por máquinas.
O
lobby da arte digital.
O
lobby ligado à música e também o lobby ligado ao cinema.
O
lobby dos amigos.
O
lobby d´eles.
O
lobby d´elas.
O
lobby de todos os lobbies.
O
lobby do raio que o parta.
O
lobby de tudo e mais alguma coisa.
O
lobby de todos fora nada.
O
lobby de tudo o que é vendável.
O
lobby dos artistas consagrados.
O
lobby dos artistas invisíveis (que ainda não é lobby mas lá que tenta, tenta).
Alguém
uma vez disse mais ao menos isto: uma pessoa um pouco pateta é uma pessoa um
pouco pateta; cem mil pessoas um pouco patetas é um partido político.
Quem
tenha estudado o fenómeno dos grupos em sociologia entende tudo isto muitíssimo
bem: há um efeito de transmissão exponencial de ideias e acções através deste
novo poder colectivo.
Querer
comparar por exemplo Vieira da Silva a Cargaleiro não faz sentido.
Ou
Delaunay a Sofia Areal.
Ou
Pollock a Vítor Pomar.
E
não faz sentido porque nos falta o único lobby que faria sentido existir e que
está órfão de mãe e pai também: o lobby da qualidade...
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